De Nova York.
Quase refeita.
Ainda a sofrer um bocadinho com o Jet Lag. Ainda - totalmente - a pensar que lá viveria na BOA.
Nove York foi das melhores viagens que fiz na vida. Verdade seja dita que sempre que em conversa digo que vou a algum lado ouço : "Vais adorar!"
E na maioria das vezes gosto muito. Tirando a particularidade de adoecer quase sempre nas viagens e ficar triste por me sentir incapaz... no geral gosto.
Com Nova York foi diferente. Fiquei doente antes, um dia antes de partir para Praga estava em casa a contorcer-me com dores e sem conseguir comer. Não me passou pela cabeça não ir, mas passaram-me pela cabeça todas as asneiras possíveis. Numa viagem em corrida seria difícil recuperar para a viagem seguinte.
Acordei como se nada fosse e com meio mundo às costas meti-me na saga dos aviões. O que vou dizer a seguir é lamechas, mas é a minha verdade : quando aterrei e me libertei do cinto de segurança os meus olhos encheram-se de lágrimas. Aquilo era como um filme. Estar ali era inacreditável. A sensação de olhos lacrimejantes e pele de galinha repetiu-se muitas vezes.
Recebi alguns emails a perguntar qual o melhor meio de transporte de Newark para Manhattan.. não sei responder. Fui de boleia com um amigo, ele foi de resto uma peça fundamental na viagem. Para além de conhecer muito bem a cidade, pôs-me completamente à vontade, falou-me da segurança que iria sentir, de como andar na cidade, mostrou-me os principais pontos e assinalou duas ou três coisas imperdíveis. Explicou-me que não há meios termos, ou se Ama ou se Odeia NY. Pertenço ao primeiro grupo.
Andei kms, se marcar 20 por dia não estou a exagerar. A nossa casa ficava mesmo ao lado do edifício das Nações Unidas na 1ª Avenida e a geometria fácil das ruas convidava a grandiosas caminhadas. A primeira coisa que comprei? A Time Out - como a Mónica tão bem me sugeriu - e a Glamour ( só porque sim... )
Pela cidade tudo a que tive direito : calor de andar de t-shirt e neve para luvas e cachecóis. Bagels, copázios de café, cheesecake, um starbucks e um dunkin donuts à porta de casa.
Encontrei os meus primos do Brasil e tentei não afogar o bébé com beijos. E revi a Luna, que conheci quando nasceu em Portugal e nunca mais vi! :)
Conheci a Reeta, uma designer de sonho : www.farragodesign.com
Fui ao Harlem ver uma missa com um coro Gospel, fui ao Soho e a Village, a Central Station, fui à ponte de Brooklyn, Central Park e todas as Avenidas ( e sim a 5ª é gigante, mas todas são ), fui a Times Square, à NBC e à Broadway, passeie de barco pela Estátua da Liberdade.
Fiz refeições num mexicano, num tailandês, num italiano, num japonês, num português ( o Pão, TOP!! ) e quem acha que comida saudável é mentira.. fique sabendo que não é! O Prêt-á-manger é das minhas cadeias preferidas ( que já conhecia bem de Londres ) está muito bem representado por lá, de resto casas de saladas e sopas abundam por lá, se são baratas? O Mac deve ser mais barato e as fatias de pizza e cachorros na rua são com toda a certeza, mas como em tudo na vida... são opções ! Os pequenos-almoços - tirando o primeiro que foi um Bagel no Starbucks - foram sempre em casa! Fruta fresca ( tão boa!! ) iogurte e linhaça + aveia. O suficiente para ir cheia de energia encarar o dia de caminhada.
Todas as "atracções" que mencionei primeiro são gratuitas, por isso quando me perguntam o que se pode fazer em NY sem gastar dinheiro... dou como referência isso mesmo. Mas só vale se não entrarem em lojas. Entrando é uma desgraça, as farmácias que são às centenas - até essas - têm coisas que apetece comprar e não falo - naturalmente - de medicação. Os vernizes, produtos de beleza e marcas Americanas compensam MUITO. Por exemplo, os vernizes da OPI que aqui custam 13 euros, lá custavam 7 dólares... e as All Star 40 dólares.
Tentei não fazer compras mas acabei por trazer uns Adidas, um kimono, um vestido e um soutien para tops da Urban Outfiters ( compreende-se.. cá não há! ) e mais umas quantas peças depois de uma visita de estudo à Victoria Secret e à sua irmã mais nova PINK. Da UNIQLO - uma marca que penso que em breve chegará a Portugal - trouxe duas camisas e uma t-shirt/vestido.
Na Broadway vi o Chicago. Depois de ver o preço dos bilhetes pensámos não ir. Não é barato, de todo.
Mas ir foi uma das grandes decisões que tomámos - IR! Tirando o facto de ter de me controlar para não cantar em voz alta o tempo todo ( é um dos meus musicais de eleição e sei-o TODO de cor ). O mesmo com a missa no Harlem, arrepiante e imperdível. Recomendo a compra do bilhete de autocarro turistico, é perfeito para nos localizarmos naquela imensidão, comprei o de três dias que garantia uma viagem no percurso da noite. Fi-la em recurso, num dia menos preenchido acabou por surgir como plano. Hoje digo-vos... é altamente obrigatório fazer o percurso completo, o autocarro atravessa a ponte para Brooklyn e ver a cidade do outro lado é mágico. Nos museus não deixem de visitar o MET - o preço recomendado são 25 dólares, mas o bom deste museu em particular é que na realidade pagam o que quiserem para entrar, já que a entrada é gratuita ( facto que não é muito divulgado ), todos os restantes museus têm dias de entrada livre.
Tive a oportunidade de conhecer e fazer um "facial" no SPA da CAUDALIE no Hotel Plaza ( sobre isto um post inteiro).
Cultural e sociologicamente a viagem é extremamente interessante. Quem aprecia arquitectura tem a cereja no topo do bolo. Surpreendeu-me que a cidade fosse tão limpa... ainda que a quantidade de plástico que se utiliza seja ASSUSTADORA!
Foram mais as vezes que tive vontade de ficar ali para sempre do que de regressar.
Eu que tenho graves problemas com o Amor sei que me apaixonei por Nova York. E não me lixem com a história de que é preciso viver num sitio para sentir saudades de lá estar. É preciso sim viver um sitio. E é por isso que sei que quando vir fotografias de Nova York sentirei sempre saudades.
Desculpem as demasiadas fotos. Acabei de escrever o post e sei que ficaram centenas de coisas por dizer. Se forem relevantes aqui voltarei para remendar.