Composta por sete obras de artistas de renome na área da pintura contemporânea, tais como Gonçalo Mar, Mário Belém, Paulo Arraiano, Pedro Zamith, Pedro Amaral, Rita Melo e Sebastião Peixoto, que reinterpretaram pinturas realizadas por sete crianças em tratamento no IPO de Lisboa, sob o mote “Se fosses um inventor, o que inventavas?”.
O desafio foi lançado às crianças para apelar ao seu lado mais criativo e divertido, sobretudo quando atravessam um período complicado devido à doença, e aos artistas que se inspiraram nas telas das crianças numa perspetiva de arte narrativa. Este estilo artístico assenta num senso de humor específico, desde o mais alegre ao mais sarcástico, sendo atrativo para uma das faixas etárias mais abrangentes do cancro infantil, a infanto-juvenil.
Os pequenos artistas criaram pinturas surreais com conceitos interessantes e representativos do modo como encaram a doença e a vida. A Catarina criou o seu Tribunal da Justiça, a Francisca o Carro Voador que permite viajar por muitos Países, a Lídia preferiu criar a sua Máquina da Paciência, o Martim desenhou o Martelo Mágico para curar todos os meninos enquanto que a outra Catarina inventou umas Portas Mágicas com acesso ao seu espetáculo de ballet, a Simaura inventou uma Televisão Transportadora para que pudesse vivenciar tudo o que nela passa e por fim o Pedro criou a Máquina de Guloseimas que não precisa de pilhas para funcionar.
Parte das vendas das obras resultantes desta exposição reverterá para a Fundação Rui Osório de Castro, de modo a apoiar os projetos desenvolvidos na área da informação e da Investigação Cientifica, no âmbito da Oncologia Pediátrica.
Infelizmente não posso estar hoje na inauguração - não estou em Lisboa - mas quando me convidaram para ser o blog oficial no apoio à divulgação e apoio da exposição não hesitei. Felizmente não existem casos de cancro na infância na minha familia, mas a doença "do século" já nos afectou e afecta várias familias e pessoas com quem nos cruzamos. Mais do que seria desejável, sempre com um pesar gigante.
Assim queremos ajudar, e já que não tenho a cura para o mal. Tenho o poder de passar a palavra!