O novo Conto do Vigário
29.12.12 | Ana Gomes
Hoje encontrei uma colega da faculdade com quem sempre me dei especialmente bem.
Como eu era a mais novinha da turma e ela a mais velha de todos... Ficou a "mummy".
Estava eu numa das intermináveis filas numa loja e PIM! Filhotaaaaa disse ela, e eu sorri pela coincidência do nosso encontro.
Fez-me companhia na fila onde fomos conversando sobre as coisas triviais da vida. E acabámos por nos sentar num degrau no Chiado a conversar... A verdade é que rapidamente percebemos que tínhamos precisamente a mesma história para contar uma à outra, que se tinha passado o mesmo na nossa vida - mas do mal o mesmo - com pessoas diferentes.
Presumo que seja o "Conto do Vigário" dos tempos modernos. Somos levadas para um lugar em que nunca acreditámos, ficamos surpreendidas com a serenidade que se pode sentir ali, ficamos felizes por parecer que afinal é possível. E depois puffffff.
Será que as regras do jogo mudaram? Será que afinal somos nós que estamos erradas? Eu cá começo a achar que sim. Que somos nós que vivemos no mundo ao contrário.
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Como eu era a mais novinha da turma e ela a mais velha de todos... Ficou a "mummy".
Estava eu numa das intermináveis filas numa loja e PIM! Filhotaaaaa disse ela, e eu sorri pela coincidência do nosso encontro.
Fez-me companhia na fila onde fomos conversando sobre as coisas triviais da vida. E acabámos por nos sentar num degrau no Chiado a conversar... A verdade é que rapidamente percebemos que tínhamos precisamente a mesma história para contar uma à outra, que se tinha passado o mesmo na nossa vida - mas do mal o mesmo - com pessoas diferentes.
Presumo que seja o "Conto do Vigário" dos tempos modernos. Somos levadas para um lugar em que nunca acreditámos, ficamos surpreendidas com a serenidade que se pode sentir ali, ficamos felizes por parecer que afinal é possível. E depois puffffff.
Será que as regras do jogo mudaram? Será que afinal somos nós que estamos erradas? Eu cá começo a achar que sim. Que somos nós que vivemos no mundo ao contrário.
E o mais chato são os danos colaterais...
Não só os que ficam em nós, mas os que nos levam a esfriar as relações com quem gosta de nós.
Mas no fim...
Estou orgulhosa do meu coração.
:)
