Se há uma coisa que tira do sério... é o desperdício alimentar.
Não sei quanto a vocês, mas deitar comida fora é algo que me chateia. Claro que a fome no mundo pesa nesta equação de chatice, mas o impacto no meio ambiente e até na carteira também são postos em causa. E se é verdade que aqui em casa consumimos uma grande variedade de produtos não embalados - e por isso sem prazo de validade - saber ler os rótulos não só dos nutrientes e ingredientes, mas também dos prazos de validade é ouro!
Saber ler e avaliar as datas de validade ajuda-nos a ter uma melhor organização da despensa! Este passo é difícil para alguns, eu ando a fazer um grande esforço, mas noutra vida devo ter passado algum tipo de privação, que hoje em dia só ter um pacote de massa em casa é motivo para ficar a hiperventilar. E tenho sempre dois... no mínimo. O ideal é que numa fase inicial, a cada 15 dias, ou antes das compras do mês - tudo depende da vossa organização familiar - possam dar uma revisão na despensa para perceber que produtos existem e qual a validade, colocando os mais recentes num local mais acessível. Mesmo que o prazo só termine daqui a 2 ou 3 anos - como é comum nas leguminosas ou massas e arroz. Há coisas que ainda assim acabam inexplicavelmente no lixo... porque foram ficando esquecidas!
Também é interessante um outro exercício - que é algo que temos feito aqui em casa - em que basicamente só posso comprar os frescos estritamente necessários (comemos bastante fruta e sopa) e tenho de me desafiar a cozinhar com o que há na despensa. É uma ótima forma de economizar e até de ir variando nas receitas, já que - regra geral - acabamos sempre por ir cozinhando as mesmas coisas sempre, não ficam com essa sensação? Outra coisa interessante é a possibilidade de congelarmos alguns alimentos, cá em casa faço sempre isso com a fruta que está a amadurecer a uma velocidade maior do que a do consumo, depois utilizo nos meus batidos da manhã! O mesmo com o pão, sempre que compro pão fatio-o e congelo-o desta forma! Podemos fazer o mesmo com o queijo e com pimento, ambos podem ser congelados.
Mas vamos ao que interessa? A APED lançou uma grande campanha que nos alerta precisamente para o desperdício alimentar, e para o facto de parte dele poder ser evitado através da correta leitura dos rótulos! Existem duas formas de apresentar a validade:
Consumir Até ou Consumir de preferência antes do fim de:
No primeiro caso encontramos a data limite até à qual o produto deve ser consumido e é atribuído a alimentos micro-biologicamente perecíveis, como iogurtes ou queijo fresco.
No segundo caso, encontramos alimentos como cereais, batatas fritas e outros snacks, sendo que a data indica o momento até ao qual esses alimentos conservam as suas propriedades especificas. Também encontramos esta designação em alimentos congelados e conservas. E sim, estes alimentos podem ser consumidos depois da data indicada, se forem conservados da forma indicada na embalagem e se aparentarem estar nas devidas condições (obviamente).
Também existem produtos sem prazo de validade, porque se auto-conservam, como é o caso do açúcar, do vinagre e do sal.
E aqueles produtos com indicação de aproximação de fim de prazo de validade? Bom... confesso que aqui em casa compro. Se vou ao supermercado e se o produto indicado faz sentido para a refeição do dia ou do dia seguinte, sim! Mas é importante que não seja um compra por impulso - já que o preço é convidativo - e depois acabe por não ser utilizado, mea culpa... aqui já aconteceu.
E quando as bolachas e os biscoitos ficam moles? Devemos deitá-los fora? Se ainda estiverem dentro do prazo basta que os coloquemos um pouco no forno para que voltem a ficar crocantes e não devem ser desperdiçados! :)
Espero que este conteúdo seja útil para vocês! :)
Podem tirar as vossas dúvidas e saber mais sobre esta campanha no site da APED.