São 6.45 da manhã.
O despertador, vulgo Miss Vi, dá sinal.
Que nada te falte pequenina, fralda mudada, leitinho, um bocadinho de brincadeira em cima das pernas da mãe.
São 7.30, daqui a minutos toca o outro despertador. A Vitória está sem sono e ponho música a tocar. Ela brinca, eu vou vendo uns episódios das portas dos fundos que me apareceram como sugestão no youtube. É a primeira vez, num mês, que vejo alguma coisa que se pareça com uma série.
Vitória não tem sono e não se consegue entreter. Levanto-me para ir tomar o pequeno-almoço. Tomo-o com ela deitada na alcofa do carrinho, as duas de mão dada.
Vitória chora... nada na fralda...terá frio? Vestimos um casaquinho. Ah... como está melhor e mais confortável!
Voltamos para o quarto para tentar trabalhar um bocadinho, abro um e-mail: Vitória chora. Terá fome? Tem...
Bom... se calhar era só mimo. Vitória adormece a mamar. Tento fazer o mínimo movimento e pego no telefone já que não vou conseguir responder ao email no computador.
5 minutos e acorda. Mama um bocadinho mais. Adormece. Ficamos neste embalo 1 hora. Tento fazer cocegas no pé, falar com ela... não está para isso. Lá vem o biberon. Que maravilha! Bebe a dose normal mas quer mais! É tão fácil beber no biberon. Levanto-me e preparo um pouco mais. Bebe sofregamente.
Mudo a fralda. São 11 da manhã.
Vitória chora. DESESPERADAMENTE. São cólicas mãmã. Ou pelo menos tudo indica que sejam. Ajudo-a a fazer ginástica, embalo-a, dobro as perninhas. Tentativa, erro, tentativa, erro. Acalma.
É meio dia. Adormeceu no meu colo.
Espera lá... é meio dia!
Coloco-a de novo na alcofa do berço. Espero 3 minutos para perceber se - efectivamente - adormeceu.
Vou pé ante pé até à casa de banho. Percebo que o Senhor Vulcão se escapou entre as minhas pernas. Porra - penso mas não digo - não é suposto que ande por este lado da casa. Não posso ralhar, a miúda ainda acorda, e por isso deixo que entre na casa de banho. Bonito cenário : eu enrolada numa toalha, a Vitória no carrinho a dormir e o Vulcão - todos na casa de banho.
Entro no duche, finalmente um momento de sossego, Vitória chora, Vulcão chora.. abro a porta do poliban, falo com ela, dou-lhe a chucha. Acalmam os dois. Eventualmente acalmamos os três.
Apresso - ainda mais - o duche. Ponho óleo no corpo para antecipar o tempo que não vou ter para por creme.
Embrulho-me na toalha, empurro de volta o carrinho e vou - agora a correr - a fugir do Vulcão que, ao descobrir o óleo nas minhas pernas, tem como missão lambê-las.
Mensagem no telefone : então ainda não estás despachada?
Respiro fundo. Sabem quem acordou?