Adidas Supernova Glide Boost 7 - ou o motivo porque me dá tanta pica continuar a treinar no Holmes Place !
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Adidas Supernova Glide Boost 7 - ou o motivo porque me dá tanta pica continuar a treinar no Holmes Place !
Há milhares de histórias, contos e fábulas que nos ensinam a viver. Frases feitas então há aos pontapés ( e eu até gosto de usar várias como mantras ). E a história que vos vou contar hoje bem podia ser inventada para o "postal"... Mas não é! Nesta praia não há vendedores ambulantes e todos os dias saio da praia para a estrada de trânsito louco ( como todas as estradas de resto ). Nesta estrada tudo se vende. Penso que quase literalmente tudo. E caso não haja alguma coisa mostramos uma fotografia e depois as coisas aparecem. Não tenho feito compras. Todos os dias compro um coco. Adoro água de coco... Aprendi a gostar no Brasil e a adorar quando fiquei doente e foi uma boa forma de recuperar. Então sempre que posso bebo! Sempre! Fui na minha jornada - desta vez com a Di - e a vendedora de fruta perguntou-me se queria o coco para beber ou comer ( todos aqui falam um inglês particular e todos nos entendemos ). Respondi : beber e comer . A senhora apontou para um coco mesmo mesmo feio! A Di fez cara feia e a senhora rapidamente rematou "it's The inside that counts... The rest it's just a cover." Claro que estamos a falar de um coco e de uma verdade absoluta sobre a fruta : o que importa é mesmo o que está por dentro. E para escolher um bom coco é preciso agarrar, sacudir e ouvir. Olhar para ele não nos diz nada sobre o que vai lá dentro. E sim.. Era mesmo delicioso. A lição que se tira serve para os cocos e para a vida.
Hoje o dia começou diferente. Estamos numa casa literalmente na areia da praia virada para o mar. Tem muita luz e é branquinha o que ajuda a que nos sintamos mais confortáveis e mais limpas ( ou menos sujas.. Já nem sei!). Despertei as 7 naturalmente, dentro da rede de mosquitos consegui afastar a cortina e olhar o mar. Não consigo - nem em vídeos nem em fotografias - descrever a paz e a sorte que senti. Peguei no meu livro e deixei-me embalar na história. As 9 trocamos os lençóis pelos bikinis e fomos para a esplanada. Dica para guardar na Índia : chá de gengibre. Picante e activador tem sido o meu despertar de todos os dias ( ainda não bebi nem um café! ). Decidimos explorar a praia na extensão do areal ( é enorme ) para a esquerda tudo bonito! Ao fundo da praia vários pescadores a tratar das redes e uma baía enorme e cheia de palmeiras mas pouco convidativa a banhos. Tirámos centenas de fotografias! Reconheço toda a paciência da Patricia que molha os pés enquanto transformamos o iPhone na melhor câmara do mundo ( é a possível.. Eu nem levei a minha bolsinha da praia ). Eu sei que a memória guarda estas coisas inesquecíveis. Mas quero partilha-las também! No regresso a casa optamos por continuar e explorar o outro lado. Várias casinhas como as nossas, um quadro de ardósia a anunciar um concerto na praia as 19:30 ( queremos ir!!) e vários kms pela frente. No que parecia ser o fim da praia estavam as já famosas e sagradas vacas. Uma manada pacífica e pachorrenta ao sol. Vi outra baia. Linda! Mas estava por trás de umas rochas rugosas e grandes onde o mar batia ( com pouca força ) mas com o som suficiente intimidante para não seguir caminho beira mar. Quis desistir. Não era uma derrota.. Era só não chegar a outra baia! Que mal tinha? Nenhum! Lembrei-me de uma conversa que tive com a minha tia ontem. Depois de lhe explicar várias coisas lembrou-me "afinal és forte". E com a ajuda da mão da Diana subi. Magoei-me no pé ( sem queixinhas juro! Só com dores mais fortes a dificultar a subida ) e cheguei à baia. Muitos mergulhos mas a melhor das sensações : consegui. Voltar para trás foi um novo respirar fundo e treme-treme ( basta pensar que estava encharcada dos mergulhos e a escorregar o triplo ). Chegámos a casa seguras e felizes. Eu - inclusive - um bocadinho mais forte! Meia hora depois uma salada de fruta com iogurte e muesli. Ver os emails e as mensagens bonitas e dormitar ao sol. Acho que descobri que em Agonda podia ser feliz por mais tempo. ( Ah.. E Marta! Agradece à MAMI a sugestão... Hello to The Queen é a melhor sobremesa do mundo... ) ❤️🙏 Sobre as saudades? A Isabel Saldanha diz #saudadeécoisaboa . Eu tenho saudades é da minha coisa boa :)
Os dias acabam assim. Pés na areia, fotografias ao horizonte. Cada minuto é diferente e bonito de uma forma particular. Aqui penso em muitas coisas. Nas saudades, nos sentimentos, na paixão. E sinto que estou profundamente grata por estar aqui. Há que assumir um estado de espírito. E sei que me queixo do meu corpo que incha e não responde ao que tento fazer por ele.
E também respiro fundo quando olho para o menu dos restaurantes e não posso comer outra vez Caril ou vegetais com molhos. A sorte? É que aqui todos são compreensivos e muito pacientes. E num instante cozem legumes sem gorduras ou molhos saborosos ( que bons que são! ). Sei que me queixo destas coisas todas e aos olhos de alguém maior posso parecer mal agradecida. Mas não sou. Nem estou. Viajar pelo mundo é uma dádiva. As portas abertas, os sorrisos de várias cores, os sons e os cheiros... Consigo descobrir encanto em todas as partes do corpo que me doiem, moídas pelo trajecto, pelas insônias, pelo coração que bate sem jeito quando penso no abraço que quero dar quando chegar a Lisboa. Estou a viver o momento presente. Sim! Estou! Mas estou a partilha-lo de coração e memórias com aqueles que me aquietam o sentido dos dias. O amor é assim. Em Lisboa e no mundo.