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A Melhor Amiga da Barbie

Não me lixem.

04.09.12 | Ana Gomes



Existem várias formas de relacionamentos.
Dezenas de maneiras de estar na vida perante o amor, ou perante o desejo carnal de estar com alguém.

Considero que tenho uma mente relativamente aberta no que diz respeito a estas situações - honestamente mais enquanto observadora do que outra coisa - conheço casos que fogem completamente ao conceito de normalidade.
Ou aquilo que são os modelos convencionados pela sociedade - relações de um para um.

Não entendendo que as relações devam obrigatoriamente ser vividas para fora, acho que a parte social e integrada no mundo comum é um pilar gigantesco. E é por isso que normalmente as relações que implicam mais do que duas pessoas, ou seja quando existe uma terceira, esta última é " a outra " aquela que socialmente não existe.

 Existe na cama, no carro, eventualmente em casa de alguns amigos, existe nas mensagens às escondidas e nos telefonemas discretos. Mas para tudo o resto... não! E isto é um problema? Será para algumas pessoas, nalgum momento e de determinadas formas. Mas não é um "tipo" de relacionamento novo.

O que é novo - para mim pelo menos - são as novas relações não sociais... E é-me tão difícil explicar isto como perceber que não há manha por trás das intenções primárias. Vejamos :

Duas pessoas estão juntas, vivem uma relação, planeiam o dia-a-dia em conjunto, vivem umas coisas muito bonitinhas, mas no fim : não há nada. E não há nada como?

Tirar fotografias juntos - Nem pensar!
Chegar ao mesmo sitio ao mesmo tempo - O quê?! Mas isso deixava toda a gente desconfiada!
Deixar toda a gente desconfiada - Sorriso amarelo e resposta " que parvoíce, nós?!"
Ir ao cinema e ir beber um copo? - Claro que sim, mas só se forem mais cinco ou seis connosco e fiquemos separados por duas pessoas.
Comentários no facebook? - Erm... please - NO NO NO NO!

Mas se gosto de ti? Fogo... é contigo que quero ficar para SEMPRE. Mas ninguém pode saber isso.
( Porquê? Porque punha a nossa relação em perigo? ... Não... basicamente porque para mim é muito mais fácil assim... )

E lamento informar, mas vai chegar o dia em que uma das pessoas envolvidas vai sentir vontade de dizer ao mundo que vos ama, que gosta de vocês. Se de facto o sentir, vai precisar de parar de mentir, de viver uma vida dupla, de estar na sombra de alguma coisa que não percebe o que é. Porque isto é viver por trás de um pano. Ninguém tem de informar e carimbar na testa que está com outra pessoa, mas ter de inventar uma vida que não existe só para essa não ser passível de ser imaginada...

Não defendo anéis no dedo ao fim de duas semanas de "namoro", da mesma forma que não condeno o possível ímpeto da paixão.


Agora não me lixem. Quem não assume uma relação é porque sabe que não é isso que quer. E com a velocidade com que o tempo foge é melhor viver o agora com a vontade do depois, do que ficar a ver o que é lá ao longe.



E tempo... tempo dão os relógios.

(ADENDA : obrigada pelas mensagens de conforto, mas eu sou daquelas pessoas a quem este tipo de coisas não serve, por isso neste momento esta história não reflecte a minha vida directamente. )

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