Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

A Melhor Amiga da Barbie

Usados

09.12.12 | Ana Gomes
Não me posso queixar da falta de amor.
Nem de falta de afecto, preocupação, carinho ou mensagens de incentivo.

Não me cansarei nunca de dizer que tenho uma família maravilhosa e a verdade é que tenho amigos que me dão chapadas para acordar e festinhas para ficar aconchegada.




Ter isto tudo é uma sorte que lamentavelmente compreendo que algumas pessoas não têm.

Perco mais eu a paciência comigo do que eles. Perco mais eu a vontade de aparecer do que eles que eu apareça.

E vejo na cara de alguns deles a desilusão quando percebem que não podem puxar por mim. E não é justo.

Há momentos na nossa vida em que achamos que já aprendemos a lição. Que já não nos vamos deixar ser atacados pelo mesmo vírus, que somos fortes o suficiente e temos anti-corpos.

Estou num daqueles momentos da minha vida em que aprendi uma lição : não existem anti-corpos emocionais. Comprometendo assim os momentos referidos anteriormente.

Sei que é normal sentir-me assim. Sei que apesar de todo o conforto que me dão, de todas as palavras de incentivo e de força é normal estar assim.

É esquisito perceber que somos descartáveis. Nunca consegui ignorar ou deixar estar.
E é por isso que sinto um misto de revolta e "inconformidade". Não consigo estar em pleno para todos os que estão lá para mim. E deixo-me levar pelos momentos menos bonitos que a realidade nos dá.

Sei que há quem se regozije com isto. Sei que há quem pense que é bem feita.

Houve um dia em que eu decidi seguir o coração. E nesta guerra do racional vs emocional existe uma parte de mim que se ri disto tudo. Por esse dia ter acontecido. Por eu ter tentado. Por eu ter falhado. E acima de tudo por eu sentir que merecia um motivo para continuar apaixonada por isto tudo.

Ridícula.

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.